sábado, 4 de setembro de 2010

A INFLUÊNCIA DA MÍDIA



Repassando parcialmente o artigo escrito por Valdecir Simões Lima, que é formado em Letras, Teologia e Línguas. Dá aulas de Comunicação e Línguas no Seminário Adventista de Teologia e nas faculdades de Educação e Letras do Unasp
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Estamos na era das telecomunicações. Até que ponto podemos ser influenciados pela mídia? Ela altera comportamentos?
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Mídia é a somatória dos meios de comunicação: rádio, TV, jornal, revista, outdoor, internet, propagandas em geral, etc. Ela é necessária a qualquer sociedade civilizada e não há como viver hoje sem estar envolvido com ela. A maneira como é utilizada, entretanto, nem sempre é de forma eticamente aceitável. Ela nos atinge passiva ou ativamente, positiva ou negativamente. E como vivemos em um mundo capitalista, que necessita de consumo para o crescimento e sobrevivência, a mídia é o veículo adequado para impulsionar o processo que tende a visualizar mais as coisas do que as pessoas.
Assim, podemos ser influenciados pela mídia porque ela entra em nossa mente sem pedir licença. Basta você chegar em casa, ligar o televisor e já estará pagando um bom preço pelo que está vendo. Você é o pagamento; a sua atenção é o lucro dos anunciantes. E lembre-se: nada é de graça.
A propaganda privilegia o fracasso, a carência, a necessidade, porque sabe que uma pessoa realizada não necessita de consumo para se afirmar. O comportamento se molda a partir de impressões cristalizadas pelo tempo. Hábitos formados por sugestões da mídia podem facilmente alterar seus valores de forma inconsciente.
Excetuando-se alguns poucos programas, ninguém faz TV por amor ao próximo (aliás parece que não se faz mais quase nada por amor ao próximo). A programação é parte de uma máquina que visa dinheiro, muito dinheiro. Quanto mais qualidade se aplica, maior o preço cobrado.
Portanto, quando um produto não rende o esperado, ocorrem mudanças que, com toda certeza, não serão feitas com base no crescimento moral da população, mas nos índices do Ibope. E para isso vale tudo: sexo, violência, etc.
“Onde já se viu colocar pornografia na televisão”!
“Estamos quase no século 21 e não há censura. Não gostam do filme? Vocês são livres, mudem de canal!” Por que é que a TV usa essa argumentação?
“O bom filme que a sociedade gostaria de ver, esse ela não vê; mas o mau filme, a baixaria que ela gostaria de evitar, esse/essa ela vê. E se as pessoas assistem a esses programas, mesmo sem querer, dão-nos Ibope; e é isso o que nos interessa.”
Somos transformados ou moldados por aquilo que passamos mais tempo contemplando. O problema é que o televisor reveste a mensagem com uma beleza incomum. Acaricia nossas necessidades e nosso ego para obter cada vez mais atenção e aprovação; molda seus programas às nossas necessidades e carências.
É sabido que o comportamento não se altera pela verdade científica. As pessoas não são transformadas pela verdade da ciência, mas pela beleza. A verdade exige decisão, tomada de atitude consciente.