quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O JULGAMENTO DA SOCIEDADE

A maioria de nós provavelmente passará por esta vida, deixando saudades e recordações no máximo á nossa famiília, nossos parentes e poucos amigos mais chegados, entretanto, com certeza o desejo de cada um é deixar a MELHOR LEMBRANÇA do que fomos, bem como, ter a certeza que apesar de nossos erros e eventuais injustiças, pudemos corrigí-las á tempo, neste curto espaço de tempo que por aqui passamos.
Imagine então, a responsabilidade de uma figura pública, que se destacou na sociedade, passar para estória de forma negativa,como ex-policial e ex-senador Romeu Tuma, que foi objetivo do artigo a seguir:


Que Tuma fique, para sempre, na nossa memória

por Leonardo Sakamoto, no Blog do Sakamoto

Romeu Tuma faleceu no conforto do Hospital Sírio-Libanês, como senador da República e com poder político (ainda que declinante), enquanto muitos opositores da ditadura militar, que ele defendeu, amargaram a escuridão das celas e o desaparecimento. E plantou sementes que se mantiveram após a redemocratização, pois o Brasil segue vasto em terreno fértil para intolerância.

Respeito o sofrimento de sua família. Mas todos – políticos, jornalistas, cientistas sociais – os que foram críticos a ele em vida não podem se atirar na estúpida condescendência para com os mortos, seja atrás de sua herança eleitoral, seja em nome de uma demagogia barata ou do apaziguamento tupiniquim. Isso só para citar um ponto de sua controversa biografia, agora incensada.

Lembrar é fundamental para que não deixemos certas coisas acontecerem novamente. Que a história do delegado/senador seja contada e comentada como ela realmente foi, sem os retoques bonitos dos discursos políticos que começaram a florescer na tarde desta terça.

PS: Ao menos, Tuma era um rosto conhecido, público. Quantos outros delegados de órgãos de repressão da ditadura, sem contar torturadores, seguem anônimos, protegidos pela Lei da Anistia?
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Não vou reproduzir aqui os 45 comentários á este artigo,entretanto, creio que os mesmos são muitos MAIS TRISTES do que o artigo exposto e QUEM SABE possa servir á outras figuras públicas, face á julgamentos futuros.
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A morte de um criminoso jamais trará remissão aos crimes cometidos por ação ou omissão do mesmo.
A dor da família do senador não é menor que a dor das famílias que perderam seus entes, muitos ainda nem sepultados.
A dor que aumenta com a passagem dos anos sem a investigação sobre os crimes cometidos na ditadura.
Que a gente nunca esqueça.
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É dificil, vendo a dor de seus filhos. Mas precisamos lembrar quantas mães e pais não puderam, ao menos, enterrar os filhos, quanto mais chorá-los. Que seus filhos pensem nisso, ao enterrá-lo. Zuzu Angel, por exemplo, morreu por essa luta, de apenas enterrar seu filho. Morreu sem fazê-lo. E a culpa foi dessa ditadura a que Tuma defendeu. No Brasil temos essa mania de venerar os mortos.
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Também dou os meus pêsames à sua família, no entanto, a sua morte foi natural e não como outras,cruéis, por ele mesmo provocadas ou consentidas, pois essas pessoas tb tinham famílias, que com toda certeza não foram sequer lembradas pelo mesmo.
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Nada desta de bonzinho, queridinho. Era mais um a defender os interesses dos militares, juntamente com alguns jornais, não importando a quem ia doer.Que o mesmo bata na porta do inferno, e o diabo não o aceite, devolva-o, pois os crimes cometidos por ele durante este regime não foram julgados.Que se junte ao Fleury, Medici,Castelo,e tantos outros.
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Concordo com o artigo: pêsames aos familiares e amigos; e lembrança do período funesto em que ele serviu à ditadura, tanto nos presos/torturados/assassinados/desaparecidos, como na conivência com a roubalheira que se instalou naquele período.
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Parabéns pelo artigo, pois não podemos permitir que reine a hipocrisia. NÃO É PQ MORREU q vira santo.

sábado, 16 de outubro de 2010

QUAL O DESTINO DO BRASIL


Nunca tanto como agora, me interessei por política, especialmente neste momento que estamos para decidir o futuro de nosso País e francamente, não estou seguro de minha escolha, pois de um lado vejo um candidato que representa o partido das privatizações e do outro, sem negar os avanços, não se pode esquecer os inúmeros escandalos que ficamos sabendo.
Na internet o que não faltam são críticas e acusações de ambos os lados, mais de todas, as mais graves são as questões relacionadas com o aborto e direitos dos homosexuais, realmente duas questões polêmicas,nas quais vou me posicionar:
Aborto: Não sou favorável ao mesmo e creio que grande parte de nossa sociedade, também não é, entretanto, não podemos impor aquilo que pensamos, afinal esta é uma escolha de "foro íntimo", em dois casos, o de estupro ou no risco de vida para mãe e a criança, alias, estes são os únicos permitidos por lei, mais também é uma escolha extremamente difícil.
Por outro lado, não podemos ignorar que nosso País é um dos campeões de aborto ilegal no mundo e considerando que existe meios contraceptivos, portanto é uma irresponsabilidade não fazer uso dos mesmo e neste caso, não se pode atribuir tal responsabilidade somente á mulher, mesmo porque, as tradições são consideradas retrógradas e hoje confunde-se a liberdade por libertinagem.
Tais métodos, não é esclusividade apenas de casais solteiros, mais de todos, tenham eles uma união estável por casamento ou não e neste segundo caso, quando por questões econômicas, um casal já tem filhos e desejam evitar outros, não somente a mulher deve se submeter á procedimentos cirúrgicos hoje disponíveis, porque os homens também podem optar pela vasectomia, entretanto, o que mais influe nesta decisão, pode ser a questão do "machismo".
Por outro lado, percebe-se claramente um afastamento do ser humano das leis divinas, que interferem não só no aborto, mais nos remete á outra questão do homosexualismo.
Até hoje a ciência não chegou á uma decisão conclusiva das causas do mesmo e se formos admitir, que se trata de problemas de gens ou de DNA, ainda assim, há de se levar em consideração á questão divina.
Mais mesmo que se deixe de lado a parte espiritual ou divina e considerarmos o ser humano um animal, produto da evolução das espécies, justamente encarando desta forma, percebemos que ele é o único entre os demais, que acaba se relacionando sexualmente "macho com macho" e "fêmia com fêmia".
Já que não se pode negar a existência destes relacionamentos, também não se pode obrigar a sociedade como um todo de aceitá-lo e ser penalizada por preconceito ou como dizem hoje, ser homofóbica.
Em se trantando das garantias legais, elas já existem para quem opta neste sentido, entretanto, o que certamente a sociedade condena, é a forma como eles se expõem.
A quesrão que fica no ar não é outra senão a seguinte:
Se eles em situação normal, tem também um comportamento aceitável, porque "denigrem" a sí mesmos, nas ditas paradas gay ou movimentos GLS?
Portanto, se eles tem este direito, não podem querer ferir o mesmo direito do restante da sociedade, certo?
Independente destas considerações, acho que o uso destes dois assuntos, não deveriam ser destaque na atual campanha eleitoreira, há muito mais á ser discutido, com certeza, de igual ou maior importância, aliás é o que continuamos esperando, especialmente no desejo de aprimorar a democracia.