segunda-feira, 16 de agosto de 2010
TRILHANDO O CAMINHO Á MARGINALIDADE
Felizes são as famílias, cujos jovens absorvem e aplicam em suas vidas, os valores éticos e morais esperados numa sociedade com transformações de comportamentos tão rápidos, como temos em nossos dias.
Com certeza estes jovens, foram educados, sabendo que os anseios de liberdade podem ser reinvidicados, desde que se respeitem os limites, caso contrário, pode resultar em punições, não só de seus pais, mais principalmente, no decorrer de suas vidas, pela sociedade.
Será assim, que uma grande parte desta juventude de hoje, no futuro, irá contribuir para o bem estar do País, cumprindo com suas responsabilidades como cidadãos brasileiros.
Lamentavelmente há uma segunda parte, que foram educadas nas mesmas condições, entretanto, não assimilaram valores e em nome de uma falsa liberdade, extrapolam suas ações, trazendo transtornos á si próprios e ás suas famílias.
Esta juventude em conjunto com uma terceira parte, que foi criada em famílias desestruturadas, acabam trilhando o caminho á marginalidade.
E para este contingente de jovens desajustados em caráter anti-social, que Nosso País, produz leis que ficam só no papel e no discurso de nossas autoridades.
Além disso, boa parte de educadores ou especialistas hipócritas, muitos dos quais, estão numa situação privilegiada do ponto de vista econômico, cultural e intelectual, em relação a estes jovens e de suas famílias e não aceitam reconhecer que a marginalidade está aumentando, graças ás injustiças de nosso próprio sistema social.
É preciso mudar urgentemente a visão sobre esta questão, que interferem também sobre os direitos humanos.
Num contexto geral, julga-se ou atribui-se, que a marginalidade está restrita somente á famílias de menor condição econômica.
Na verdade, existe esta possibilidade, entretanto, pobreza material, não significa necessariamente, pobreza de caráter.
Muito além da situação econômica, o respeito aos valores morais e éticos é que estão em cheque e choque e são de conhecimento tanto do pobre como do rico, na teoria e na prática.
Os jovens desta camada social acabam virando causadores e vítimas da marginalidade, portanto, terão como conseqüência, por parte das autoridades, desde a mais branda punição, até o cumprimento de penas, ditas sócio-educativas, em regime semi- aberto ou fechadas
Será que a tais soluções são suficientes?
Será que abrigar estes jovens em instituições de ressocialização é o bastante?
Ou é fingir que o sistema vai mudá-los?
Pela prática e estatísticas, tais ações não têm proporcionado os resultados esperados.
Hoje em dia, a maioria destas instituições, funcionam baseadas na faixa etária desta juventude marginalizada, bem como, estão aparelhadas em proporcionar sua ressocialização, dando-lhes oportunidade de educação, saúde, lazer e outros benefícios, enquanto internados, mais quando cumprem tais medidas o que acontece?
É preciso levar em conta as seguintes situações:
1)Os educadores na sua grande maioria, recebem treinamentos baseados no ECA, mais a pergunta que permanece é:
Serão eles realmente interessados na total recuperação destes jovens, ou isso, vai depender deles próprios?
2) Depois de cumprir as medidas sócio educativas, encontrarão em suas famílias, a estruturação necessária, para dar continuidade ao processo?
3) Ao cessar tais medidas, é certo o proceder das autoridades, em abandoná-los á sua própria sorte?
As respostas que tem sido dada demonstram a maior probabilidade de que eles voltem á praticar os mesmos atos e freqüentando os mesmos círculos anteriores
E neste contexto, está devidamente provado, que a mais provável causa da marginalidade, tem sido o consumo e a venda de drogas.
Portanto, na ação preventiva, não basta simplesmente conhecer as causas e sim tratar das conseqüências, se quisermos eliminar, ou pelo menos diminuir os roubos e violências em todos os níveis, tendo como objetivo uma sociedade mais justa, que possibilite maior chance de vida para todos.
Então dá para concluir que é a sociedade e o governo que produziu e continuará produzindo o comportamento infrator da juventude independe da classe social.
Diante disso, o caminho tem sido:
a) Nas famílias de baixa renda, o governo tem oportunizado os vários tipos de bolsa, porem, ainda lhes falta o principal, trabalhar incansavelmente com seus valores éticos e morais e conjuntamente oferecer meios de trabalho e renda, que lhes permitam condições de produzir para seu próprio sustento.
b) Não oferece á todas as famílias indistintamente, a possibilidade de tratamento adequado e acompanhamento sistemático, aos que se tornaram refém das drogas.
Afirmar que o vício nas drogas é um câncer social é redundância.
O que falta alem do acima exposto, pode ser a educação escolar em tempo integral, afinal não é isto que acontece nas instituições sócias- educativas?
Portanto, neste novo tipo de educação, o que falta é vontade política, pois os recursos existem, diante de tantos impostos pagos pela sociedade.
Certamente a educação integral pode ser um novo sistema de ensino médio, que contemple não só á questão de matérias escolares, mais adequar e manter as escolas públicas, com várias atividades artísticas e esportivas.
Isto com certeza motivará os jovens á se afastarem dos caminhos da marginalidade.
Falta também, após o ensino médio, o encaminhamento de jovens á escolas profissionalizantes, elas existem, são sustentadas de um lado pela classe trabalhadora e do outro pela sociedade, via impostos então, instituições como SENAI, SESI, SENAC E OUTRAS, podem perfeitamente ampliar suas atividades, bastando que o próprio governo que dispensa recursos para bancar as ditas ONG, pode e deve exigir parcerias com estas instituições.
Diante de tais possibilidades, tanto o governo e a sociedade podem efetivar a transformação do meio, das contingências envolvidas nas instituições sociais, no sistema econômico e político do país.
No começo pode ser difícil, mais nunca será impossível.
Basta querer. E querer é poder.
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